Uma rosa implacável cintila vermelha,
livre e em polvorosa vaga sob o piche
de homens de preto, faróis e concreto.
Rubra como o sinal proibido à travessia
passa arredia, no compasso eletrônico
não avista os lados, passeia sem ver.
Soa a sirene ensandecida e escarnada,
era a rosa estendida no bruto do asfalto,
murchando amassada, ressaca, resseca.
Uma multidão gélida e cinza se aproxima.
Diante de olhos pávidos, agonia escarlate;
marginal e indigente fora a rosa do povo.
Poema publicado também no Site Recanto das Letras, seção Poesias (AQUI).
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