Ô castanheira, viril é teu porte
no ouriço de parte vem ver-o-peso
Sabor em minh’alma, zelo da hoste
pecado e fruto sumo do surpreso.
Ô morena que rompes meu trote
Semeie açaí em tudo que plantas
O doce do ontem amarga na glote
O crivo da vida, colher o que amas.
Ô chuva que trovoas a morte
Desbrave o céu no voo de altares
Ecoe Amazônia terçado sem corte.
Ô arrepio, acalento do norte
Arraste tuas folhas e pesares
Com a força de sê-la tua sorte.
Poema publicado também no site Recanto das Letras, na seção Sonetos (AQUI).
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