Do muito que digo,
quase nada afirmo.
Rodeio por entre as letras, pontos e vírgulas
o vago pensamento das eteceteras.
Às vezes hajo com descrição.
Noutras me entrego às infinitas possibilidades verbais.
Não sou santo;
e nem pretendo ser, exclamo.
Tropeço em meio aos adjetivos.
dados a um palpite vagueando pelos arranha-ceus.
Meu mundo não é agudo.
Pertence a uma distância circunflexa.
Jamais esmureço no tempo, lugar ou circunstância.
Não! Meu canto é cadente, é grave.
Se divino me interrogo.
Sei do alarido inconteste na voz passiva de sujeito inexistente.
Poesia publicada também na Seção Poesias do site Recanto das Letras (http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1737982).
Um comentário:
Gostei!!!Ficou legal e bem interessante esse jogo com a grafia dos acentos e pontuação!
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