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Artigo de Opinião: Como foi o Brasil de Tiradentes...como é o Brasil de Lula?


Da falta de ícones que representem o nacionalismo da pátria Brasil, 21 de Abril foi elevado ao posto de feriado nacional. É uma homenagem ao mártire Joaquim José da Silva Xavier. Mas por que é feriado? Poucos sabem. O que se repete resignadamente é o fato de que nesta data se comemora o dia de Tirandentes. Quem foi Tiradentes? O que ele fez para merecer um dia simbólico de representação da liberdade? Qual movimento ele liderou? Praticamente 100% dos brasileiros desconhecem estas razões. Todos festejam insana, mas merecidamente, um dia de descanso entre tantos outros cobiçados pelos milhões de trabalhadores assalariados e até a margem da linha de trabalho, subempregados nas atividades do mercado informal.

É inegavel a relevância de Tirandentes para a construção da identidade nacional do Brasil enquanto Brasil; mas por que em nenhum momento da história deste país, soube-se ainda hoje prestar valor aos expoentes contemporâneos (Noel Rosa, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Zuzu Angel, Osman Lins, Cartola, Mário Lago, Augusto dos Anjos, Josué de Castro, Caetano Veloso, Inglês de Sousa, Frei Caneca, Miguel Arraes, etc). Alguns historiadores, de modo categórico, aludem ao fato a natureza nem sempre tão efusiva do brasileiro em defender as suas trincheiras de identidade. Some-se a isso, a curiosa relação do do inconfidente mineiro por exemplo, que embora tenha "lutado" pela libertação da colônia Brasil, sempre teve acima de tudo, o interesse de zelar pelo enriquecimento da elite mineradora, e não, em por fim à opressão escrava dos aristocratas frente aos garimpeiros das Minas Gerais.

Não obstante, por mais que tenha destruído um tanto da inicial "imagem intocavél" deste importantissimo Tiradentes, pergunta-se o por quê de não estudar e entender mais a fundo os bastidores da história brasileira. Repita-se este pensamento não por descaso aos símbolos nacionais, mas a fim de que se veja o quanto se ingnora os porões do esquecimento a trajetória híbrida e, até certo modo, sórdida da cultura local.

Ousa-se dizer que, como sociedade, tem-se em vigor o seguimento de lutas, derrotas e avanços recontados aos relatos dos vitoriosos influentes. A Incofidência Mineira, de Tomas Antônio Gonzaga, Claúdio Manuel da Costa e enfim, de Tiradentes é um indicativo disto. A Inssurreição Pernambucana de 1817, A Conjuração Baiana, a Revolta dos Malês, a Cabanagem, o diretas Já, o fora Collor e o recente Agora é Lula, manifestam um espelho da realização dos movimentos ocorridos de modo nem tão ordeiro e pacífico como os registros dos livros didáticos. No entanto, neste texto fica o parêntese de que as vozes da mudança se consolidam da união das senzalas, dos cafezais, dos agricultores, dos imigrantes, das donas-de-casa e das elites industrial e financeira do país.

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